JOÃOZINHO RETRATISTA - O MESTRE DA FOTOGRAFIA –,Robério Santos, 2011,
Infographics, 96p. : Il. ; 10 x 15 cm,isnb: 978-85-911918-1-9
Quando Carlos Mendonça lançou o
livro “Chico de Miguel” – junho de 2011 - conversei com Robério Santos sobre a brilhante
sacada do conterrâneo. O livro era muito bom para todo mundo. Desde a família,
os intelectuais, os historiadores, os estudiosos, os conterrâneos os eleitores
de Chico, até os eleitores do outro partido pois teriam curiosidade em saber o
que fizera um tabaréu da Várzea do Gama, bodegueiro, tocador de roça em São
Paulo, boiadeiro, transformar-se em um dos mais influentes políticos de
Sergipe. Graças a Deus que aparecera Carlos Mendonça para preencher esta lacuna
pois Chico de Miguel já se fora há quase cinco anos e enveredava para o injusto
esquecimento.
Constatamos, na ocasião, que Itabaiana
é pródiga em pessoas importantes e que não mereceram mais do que uma linha ou
outra dentro da rica bibliografia gerada pela literatura. Haja vista Euclides
Paes Mendonça, Manoel Teles, Zeca Mesquita, Chico do Cantagalo, Joãozinho
Retratista, Sebrão Sobrinho, Alberto de Carvalho, Oviedo Teixeira (há um opúsculo),
Mamede Paes Mendonça, Noel Barbosa (outro opúsculo), Pedro Paes Mendonça, Zé
Bezerra do circo... e muitos outros. E vimos que era evidente a urgência em
produzirmos, senão compêndios parrudos, singelos opúsculos (igual ao produzido
sobre Monsenhor Daltro por Claudefranklin Monteiro, de Lagarto) eternizando nossos
ícones. Trabalhos que poderiam sair a muitas mãos, em uma somação de esforço e
saber. Bastava alguém assumir a coordenação.
E na recente Bienal de Itabaiana –
outubro de 2011 - Robério Santos surpreendeu-me lançando o livro “Joãozinho
Retratista – o mestre da Fotografia”. E contou-me, na oportunidade (será que
entendi direito?), que está desenvolvendo pesquisas visando publicar três
outros: Zé Bezerra (o homem do circo), Zeca Mesquita (o visionário
empreendedor) e o terceiro, que preferiu não nomear o herói.
Acabo de ler o Joãozinho
Retratista, de que já conhecia trechos divulgados previamente na Internet (facebook
“Itabaiana Grande”, by Robério) e na espetacular revista “Omnia” (by Robério
também), e achei-o (o livro) um documento de fundamental importância para nossa
terra. Tocaram-me especialmente a Parte 3 (O Legado), quando o autor funde-se
ao personagem, e o artigo (incluído como um texto complementar), “Benjamim
Francisco Brandão: Fotógrafo”, da professora Maria Nely Santos.
Esperamos que Robério retorne logo
do Egito para o nosso maior bem, pois seu verdadeiro Oriente Médio é aqui mesmo
à sombra da serra.
(por Antônio Saracura, Aracaju, dezembro
de 2011
(publicada
na Perfil 15/01)
Joãozinho Retratista, o pioneiro dos retratos em preto e branco, de ótima qualidade.
ResponderExcluirEspetacular, a poco tempo conversei com o Sr. Almeida Bispo que tinha vontade de ver um portal elencando os livros da Academia Itabaianense de Letras, e aqui está, por acaso encontrei. Ganhou um leitor. Muito grato.
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