CHUVA SUAVE, Zeza Vasconcelos, Aracaju, Criação, romance, 2022,
110 p, isbn 978-85-3413-283-6
Uma novela / romance ou o que se quiser chamar a uma história
bem contada, de 110 páginas, com trama e ingredientes óbvios, mas que segura o
leitor e o emociona. Pelo menos me deixou com os olhos úmidos, não pude evitar.
Um singelo caso de amor com cenário nosso, no Pontal de Santa
Luzia do Itanhi (achei que fosse), beira do mar, entre um rapaz nativo sem
lastro, pescador e filho do faroleiro, e a filha adolescente do dono do lugar, que
até coronel (Epitácio) é.
Os dois se reencontram vinte anos depois da separação
truculenta promovida pelos pais da adolescente, que a levaram para lugares
inacessíveis ao garoto apaixonado.
E nesse reencontro, os dois revivem o amor intenso que nunca
se apagou. Por pouco tempo, entretanto. A morte anunciada (câncer terminal) a
leva embora outra vez. Há uma filha da antiga paixão, que mora no estrangeiro,
e não toma conhecimento desse pai revelado agora. Há o coronel que amansou e deixa
como herança as terras do Pontal para o genro de última hora, que nem quis
saber.
Na contracapa, o autor afirma que seu livro é uma história de
amor escrita de forma simples e direta e que pode até parecer ingênua, no que
concordamos. Mas garante (e eu creio, porque sou seu irmão em ambição): “se emocionar
um único leitor, me fará extremamente feliz e realizado”.
Então pode ficar feliz, Zeza Vasconcelos, pois eu me emocionei. E estou botando por escrito.
(Por Antônio FJ Saracura, Aracaju, 29 de setembro de 2022).
Post Escriptum: Sou o
maior chorão do mundo.
LI na AIL em 17/10/2021
ResponderExcluirPublicado no jornal Zona Norte
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