A GAROTA NA TEIA DE ARANHA, Millenium 4, David Lagercrantz,
1.edição, São Paulo, tradução de Fernanda S. Akesson e Guilherme Braga, isn
978-85-35-92-6101.
Mikael Blomkvist ressuscita com uma reportagem a revista Milenium, que caía aos pedaços e os novos donos já planejavam jogá-la no lixão. O grupo fundador compra de volta as ações da revista, que fora no passado a mais importante da Suécia. E Mikael retorna ao pódio que sempre foi dele, o maior jornalista investigativo do País, quiçá do mundo.
As grandes multinacionais envolvidas no escândalo (roubo de tecnologia
e assassinatos) denunciado pela reportagem têm suas ações desvalorizadas na bolsa, provocando uma
quebradeira em cadeia.
Ove Levin, o dono do grupo norueguês Serner, que monopolizava a área de comunicação nesta parte do mundo, “foi ver, naquela manhã, como andavam suas ações. Costumava ser um bom estimulo para as manhãs de ressaca. Pegou o celular a acessou sua conta bancária. A princípio, não entendeu nada, estava zerada. Suas ações haviam sofrido uma queda impressionante. A participação que possuía na Solifon (conglomerado foco da reportagem) havia quase desaparecido.
As novas reportagens vasculham o novo mundo da vigilância e da espionagem, em que as marcas que delimitam a fronteira entre o legal e o ilegal se apagaram. Os repórteres investigativos, tendo à frente Mikael, se envolvem numa perigosa trama internacional, enfrentam assassinos, hackes, espiões. E usam, eventualmente, as mesmas armas dos criminosos, como o hackeamento de bancos de dados, especialidade da espetacular Lisbeth Salander.
Sim, ela mesma, Salander. Efetiva, invencível, impiedosa.
“Uma heroína diferente de todas as outras. O clímax é um
festim sangrento” (conforme The Times).
E sua irmã gêmea, a bela e má Camile, vem da Rússia tenebrosa
onde manobra a triste herança do pai, que usurpou. Mas não é desta vez que uma
das irmãs vai eliminar a outra. Camile perde a batalha e some na escuridão para
reorganizar sua tropa e talvez retornar outro dia.
Ufa! Haja fôlego!
Um romance do mesmo nível dos três anteriores escritos pelo criador da série, Stieg Larson.
Foi bom demais o ler, pois eu andava dispersivo,
abandonando livros nas páginas iniciais e já achando que a culpa era minha. Li
as 484 páginas de “A Garota na Teia de Aranha” de um fôlego só.
xxx
Este é o primeiro livro da série Milenium em que o autor não é mais Stieg Larson, falecido quando concluiu a primeira trilogia, composta pelos romances: “Os homens que não amavam as mulheres”, “A menina que brincava com fogo” e “A rainha do castelo de ar”.
“A Garota na teia de aranha” é de autoria de David Lagercrantz, jornalista sueco, autor de diversos romances. Ele já publicou mais dois romances na série (vou correndo à Estante Virtual comprar, pois quero ler também): “O Homem que buscava sua sombra” e “A Garota marcada para morrer“.
A meu ver, David substitui Stieg a contento.
publicado em Zona Livre em 12/07/2024
ResponderExcluirLi na Asl em 2024
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