HORIZONTE AZUL, Sônia Gentil, Páginas: 462, Isbn:
978-85-910928-0-2
Dei uma folheada inicial, como sempre faço, para sentir o produto. Li frases soltas aqui e ali, cheirei sutilmente para pegar afinidade, acariciei com os dedos folhas aleatórias. Mas sempre um tanto desconfiado e, porque não dizer logo, achando o livro muito volumoso. Não que eu tenha medo de livros volumosos, pois acabara de ler Stieg Larson inteiro, três volumes, duas mil páginas cheias, como se sorve um gole de vinho bom.
Mas não me animei a ler afinco esse Horizonte Azul, também porque
o cenário era fora do Brasil, região de gelo puro, que me dá calafrio. Por que autor,
com tantas palavras na agulha, não escreveu uma epopeia de nossa gente, de
nossa terra, tão pobre de literatura e de respeito.
Uma semana depois, ele me devolveu o livro dizendo que
gostara, e muito. Era uma história bonita, emocionante e contou-me passagens.
Nesse meio tempo, Joelma da Infographics, minha editora,
ligou-me querendo saber se eu já lera “Horizonte Azul”, do qual lhe farara
quando o comprei na Escariz.
Disse-lhe que ainda estava o arrodeando. E ela, assim como o
doutor Carlos Leite, falou que lera e o achara muito bom.
Fiquei sem alternativa, teria que ler também.
Estou achando que a autora desperdiçou palavras demais para contar pouca coisa. Ou talvez tenha se alongado, quando nem seria necessário. Situações poderiam ser descritas com uma frase apenas ela gasta mais de cem. Achei os diálogos óbvios demais. Achei as descrições fúteis, que não preparam para nada. Ou serão (talvez) aproveitadas na trama muito a frente, um lugar onde não chegarei. Há muitas gentilezas, muitos salamaleques, muitos adjetivos amenos, muitas flores no andor do santo.
Mas não me tocou, não me envenenou.
Não ler na AIL e nem publicar
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