ESQUINA DO
ARCO-ÍRIS, Jilberto Oliveira, 2022,Artner, 191 páginas, Isbn 078-65-88562-75-8
Jilberto Oliveira vive em Malhador, é professor e passou boa parte de sua vida em São Paulo, migrante, aposentou-se como bancário. Ele conta essa epopeia em “Trilhas do Cipoal” (2021), romance biográfico (penso que é) que li e gostei. Trilhas é rico de memórias tanto sobre Jilberto moleque na zona rural de Malhador como sobre o profissional de sucesso na capital paulista.
Então, dona Jô expõe suas intimidades de um modo não usual. Era o ninho a serpente se bulindo, e foi. Aparecia o necessário visgo condutor, sinal evidente de que valia a pena seguir em frente na leitura do romance. E até o final do livro, mesmo no tempo em que a heroína hiberna (mas age em volta com esperteza) quando acontecem os namoros menos tórridos (nem precisava haver namoros), há no ar uma trovoadas se armando.
E acontece o golpe fatal, que faz o final do romance espetacular, se bem que esperado, mas
nem por isso menos.
Dona Jô é o
sol que esquenta “Esquina do Arco-Íris” e é quem fica como marca indelével
desse saudável romance de Jilberto Oliveira, que tem fôlego e jeito para produzir
literatura útil.
Que venham novos livros!
Apresentei na ASL na sessão de 19/12/2022.
ResponderExcluirPublicado na Zona Sul em 31 de janeiro de 2023
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