terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

PONTO DE PARTIDA, Tarciso Ramos

 

PONTO DE PARTIDA, Tarciso Ramos, J. Andrade, Edição: 2, páginas: 78,ISBN: 978-85-60075-55-3



Por que será que não encontro o ponto certo do prazer  na maior parte dos poemas publicados aqui?

Tarciso Ramos veio festejado, ganhou discursos de louvor de eméritos intelectuais no lançamento do seu livro que aconteceu na Academia Sergipana de Letras.  Vieram de Estância (sua terra) autoridades. O poeta então deve ser bom, pois angariou prestigio à arte, tarefa inaudita, 

Já ouvira Tarciso declamando poemas em saraus e comemorei: um poeta convincente.

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Estou lendo “Ponto de Partida” há duas semanas. O livro é pequeno, e leio devagar.

Repito a leitura de cada verso, tentando encontrar o sentido oculto, a alma que vibre. E os poemas não me fisgam. Que dê o vate estanciano que me encantou nas declamações?  Impaciento-me, porque eu queria muito rever. 

Talvez eu deva reler o livro inteiro, até a última  página, pois há algo amargo demais neste meu fel  hoje. 

Respiro fundo.... E mais devagar do que da primeira leitura, compulso as páginas, cheiro os versos, fuço as magias. E me encanto com   “Na mão” (página 23), “Os Olhos” (página 24), “Eu Gosto de Você” (página 25), “Sono dos Inocentes” (página 38), “Morro, Barraco e Madeira” (página 39)... e outros tantos que me escaparam da primeira vez.  

E digo para mim mesmo (e acho que já escrevi isso em algum lugar): "Uma leitura não é nada para qualquer poema."

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Se um livro de poesia contiver um único verso que me arrebate, o livro é bom. E o livro Tarciso tem muito mais e teria mais ainda se eu tivesse tempo para outras releituras. .  .


(Aracaju, 25 de setembro de 2011, Antônio FJ Saracura, recuperada na pandemia do Corona Virus fevereiro de 2021).

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