Resenha de livros lidos pelo autor, relatórios de participação em eventos literários, resenhas de terceiros sobre livros de autoria de Antônio Saracura...
domingo, 29 de maio de 2016
O AJUTORO, Antônio de Oliveira Silva (Virman),
POESIA E PENSAMENTO, João Lover,
O VENDEDOR DE SEREIAS, Robério Santos
Li duas vezes o livro inteiro e, algumas partes, muito mais vezes. Foi dureza, mas, ao final de tudo, senti-me gratificado, pelo conjunto da obra.
(fim da resenha)
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ANOTAÇÕES FEITAS 03 DE ABRIL DE 2011 QUE SUBSIDIARAM A RESENHA ACIMA (agora, em 31 de maio de 2019, resolvi apendar aqui, para não as perder).
sexta-feira, 20 de maio de 2016
ITABAIANA, NOSSO LUGAR (QUATRO SÉCULOS DEPOIS), José de Almeida Bispo
ITABAIANA GRANDE SEUS CAUSOS E MAIS, José Augusto Machado Baldock
(Antônio Saracura, Aracaju 26 de maio de 2013, recuperada em novembro de 2020).
Obs: O texto em itálico está na contra capa do livro impresso. Uma honra para mim.
Meu livro “Os Curadores de Cobra de Gente”, editado em 2017, presta uma homenagem à literatura baldokeana, recontando algumas de suas melhores histórias em cordel.
Leia os dois!
Obs: em 27/03/22 deletei outra postagem deste livro colocada por equívoco meu (com 32 visualizações
HISTÓRIA E CULTURA DE ITABAIANA CONTADA EM VERSOS, Ednalva Barros Tavares
domingo, 15 de maio de 2016
ESSES ESTUDANTES BRILHANTES E SEUS PROFESSORES ILUMINADOS, João Mendonça
Há muitos por aí, talvez até mais brilhantes, mas ficarei com três grupos de estudantes dos colégios Salesiano, de Aracaju, Monteiro Lobato, de Itabaiana e Eduardo Silveira, de Itabaiana, e seus professores de literatura: Mário Jorge Figueiredo Cruz, Tatiana Cintia da Silva e João Mendonça.
Eu fui convidado e estive no dia da apresentação. A plateia delirava, aplaudia, chorava de emoção.
Meninos e meninas de um colégio público (o Eduardo Silveira é), vindos da classe trabalhadora e quiçá sem trabalho certo, privaram-se de seu lazer restrito, negociaram sacrifícios com os pais, eliminaram invisíveis e talvez inexistentes “gordurinhas”, mas geraram um espetáculo admirável.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
LÍRIO AZUL,Ailezz (Maria Zélia Silva Rocha)
domingo, 8 de maio de 2016
ENTRE VERSOS E INSÔNIA, Claudefranklin Monteiro
sexta-feira, 6 de maio de 2016
ITINERÁRIOS DE LIBERTAÇÃO, José Paulino Silva,
Eu não conhecia o professor Paulino até o dia em que fui visitá-lo com
Ribeirão. Ribeirão? Esse maluco que me foi apresentado pelo livro “Os Tabaréus
do Sítio Saracura” e virou meu grande divulgador, inseparável amigo. Maluco,
veja bem, no bom sentido. Não o maluco-beleza, mas o maluco por cultura além da
conta, vazando pelos poros.
Eu estava numa fase de difícil missão. Divulgava o livro
(recém-lançado), “Meninos que não Queriam ser Padres”, para formadores de
opinião, pedindo-lhes que o lessem e escrevessem uma “resenhinha”, qualquer
coisa, sobre o livro. O professor Paulino pertencia a este naipe especial,
segundo Ribeiro me confidenciou. E puxou-me pela camisa, quase arrancando a
manga, na direção da casa ilustre. Para evitar fuga, arremetida, passou-me o cabresto do qual nenhum burro
brabo escapa.
Eu me sinto constrangido em abordar desconhecidos, especialmente, famosos,
como era o professor. Ribeiro esticava a cabresto a ponto de torar. Eu tremia por
dentro como vara verde ao vento...
Seja o que Deus quiser, então!
Fiquei na casa do professor por mais de uma hora. De boca aberta,
estupefato ante tanta sabedoria, tanta originalidade e tanta simplicidade.
Conheci sua esposa, a professora Walburga Arns, e admirei suas pinturas, suas
esculturas... e seu parentesco. Ela é prima de Dom Evaristo Arns, um santo que
ajudou a melhorar o meu País e que habita meu altar, antes mesmo da
canonização.
Saí me sentindo insignificante e gratificando. Ganhei dois presentes: o cd “Vozes e Toques Sergipanos” e o livro,
“Itinerários de Libertação”. E eu só lhe dei um rústico romance cheio de
interesses.
Foi uma troca vantajosa para mim, daquelas que o povo da Terra Vermelha
diz, brejeiro: “peguei o boi!”
Acabei de ouvir o cd e de ler o livro. O Cd desceu fácil, como água de
moringa...
Sobre o livro, pensei que não conseguiria degluti-lo, trata-se de um trabalho
acadêmico, distante de minhas informalidades. Mas dei conta, acho!
A primeira parte foca um menino que sai da zona rural e é internado num seminário de padres. É arrancado da liberdade natural, cai num emaranhado de regras e dogmas feitas para confundir, para apagar as pistas e depois levá-lo aonde quiser. Eu assisti o beijo casto, chamei mulher de “pessoa do sexo oposto”, e vi o pecado em cada revelação da natureza... Pois fui seminarista também. Que honra agora sinto em ter sido.
Mesmo após sair da primeira parte, onde o autor recupera os fragmentos
da própria experiência, eu avancei na leitura, agora dando agora mais tropeços.
Como viabilizar uma educação de acordo com as características do cliente? Cada meio apresenta nuances, anseios específicos. Parece caro demais. A educação em pacote fechado, que custa menos devido à padronização, nestes anos todos de aplicação ainda não atingiu os alvos carentes...
Vejam a ignorância generalizada do povo!
Mesmo o meio termo conciliador, misto de educação padrão e específica, não parece possível. Preservar, quase sempre, fica mais caro do que substituir. E vemos, a cada dia, costumes, jeitos de ser, expressões culturais de comunidades serem dizimadas pelos pacotes disparados dos gabinetes. Desde os tempos antigos, como a nossa cultura nativa substituída, à trabuco, pelos equívocos e ganância do colonizador, muito mais primitivo.
Os lares do Brasil sorvem o veneno destilado pelos aparelhos de TV.
Nossos jovens desaprendem a pensar, perdem o gosto de ler livros.
Chorei a morte de João de Plácido, representante da cultura que não tem mais quem a consuma ou dê o justo valor. Estamos todos robotizados, atrás do trio elétrico, pulando inconsequentes, hipnotizados pela mediocridade.
E concluo torcendo pelo sucesso da educação libertadora. Precisamos repensar o nosso “ser-e-fazer””, conforme ensina o professor José Paulino da Silva.
(Aracaju, 2010nov01, por Antônio FJ Saracura)
Nota: O professor Jose Paulino faleceu em Aracaju, 3m 2022nov30.
José Paulino da Silva é formado em Pedagogia e Filosofia, Mestre em Educação e Doutor em Filosofia e História da Educação. Nascido em Cachoeira do Taépe – Surubim Pernambuco, em 1942. Veio para Sergipe trabalhar na Universidade Federal, onde além de professor, coordenou o projeto de pesquisa: “Resgate da Memória Histórica: Canudos Ontem e Hoje”. Exerceu atividades administrativas tendo sido Pro-Reitor de Assuntos Estudantis, Pro-Reitor de Pesquisa e Vice Reitor. Em 1993, recebeu o título de cidadão sergipano. Tem trabalhos publicados nas áreas da Educação, Cultura Popular e História da Guerra de Canudos. Para ele, “uma educação de qualidade deve desenvolver sobretudo, o senso crítico e a solidariedade” (https://al.se.leg.br/nota-de-pesar-alese-lamenta-a-morte-do-professor-jose-paulino-da-silva/).