HISTÓRIA SUCINTA DE SERGIPE, Evande dos Santos, Fontenele
publicações São Paulo, 2021, 184 páginas, Isbn 978-65-5871-04-9
No final de 2013, comecei a trabalhar nas livrarias de Aracaju, em um projeto que chamamos de “O Escritor na Livraria”. Com alguns escritores (todos tímidos inicialmente) íamos as livrarias nos finais de tarde, mais a partir das quintas-feiras e abordávamos os visitantes, convidando-os a conhecerem livros da nossa literatura, que levassem para casa uma obra sergipana à venda na loja.
Nas quintas-feiras à noitinha, realizávamos um sarau em
homenagem aos presentes. Declamávamos poemas, líamos trechos de nossa prosa,
vendíamos nosso peixe. Visitantes se entusiasmavam e também declamavam poemas
ou falavam de livros que haviam lido.
Com a pandemia, muitos escritores debandaram e não retornaram
ao finar a praga.
Entretanto, alguns persistem e continuam marcando ponto nas
livrarias, lançando obras continuadamente, uma ou duas horas por semana, a
critério e resistência de cada. O Escritor na livraria é muito útil para
autores e para literatura sergipana, porque os representamos ante público anônimo
e sem dono. Prestamos consultoria aos leitores sobre a literatura em geral, os
vendedores apelam para o escritor quando o leitor busca um livro sobre um
assunto mas não sabe o nome do autor nem o título. Assim, as livrarias de Aracaju (gerentes e vendedores)
findam conhecendo os autores e os livros sergipanos e os podem, com segurança, oferecer
à clientela.
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“Preciso de um livro que conte a história de Sergipe de forma
simplificada, sem detalhamento cansativo.” Sempre há alguém querendo.
Os clássicos são extensos e só podem ser encontradas em bibliotecas
especializadas. Há obras resumidas, também fora de circulação, como a “História
de Sergipe” do professor Acrísio Torres de Araújo, que circulou no final dos
anos 60 e esquecida. Há o livro “Sergipe
Sociedade e Cultura” do professor Antônio Wanderley e outros, de 2007, edição
do autor, 176 páginas, que mais um livro-apostilha de aula.
Quando surgiu no mercado, o livro “história do Brasil para quem
tem presa”, de Marco Costa, com 118 páginas, editora Valentia em 2016, com
cópia em Áudio book, levei-o à Academia Sergipano e expus minha ideia de algum
historiador nosso pudesse escrever um assim sobre Sergipe. Houve apartes e o historiador
e presidente José Anderson Nascimento, disse que iria avaliar as possibilidades.
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O tempo passou, o assunto não foi mais ventilado na academia.
Em meados de 2022, bati-me em uma loja da Escariz, à venda, selado em embalagem
plástica, com o livro “História Sucinta de Sergipe”. O autor era desconhecido
para mim, Evande dos Santos.
Um livrinho de 184 página, da Fontenele se São Paulo, editado
em abril de 2021.Comprei um exemplar.
Na reunião seguinte da ASL, cheio de entusiasmo, dei a
notícia.
Ninguém demostrou surpresa ou entusiasmo com a novidade. Alguém
sabia quem era o autor, convivera com
ele, fora professor em escolas públicas de Aracaju.
De qualquer modo, tínhamos agora a história sucinta de Sergipe, a demanda seria
atendida. .
Agora, fevereiro de
2024, tentei localizar Evante. Seu livro está esgotado na Escariz e pessoas
continuam procurando, querendo comprar. Ele poderia querer participar da
comunidade de escritores sergipanos, rede social e academias.
Nem a Escariz que vende seu livro (soube que há ainda um exemplar na loja do Riomar) pôde de
informar o contato, como se o autor tivesse dado orientação para não se revelar
seu contato.
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Li meu exemplar e divulgo aqui a sucinta biografia que fiz
dele.
A “História sucinta de Sergipe” começa com a posse da terra
pelos portugueses, e prossegue com o início da colonização, o domínio holandês,
a restauração do domínio português. Este segmento ocupa 25 páginas.
Em ordem, seguem o segundo segmento. capítulos curtos também,
ocupando em torno 115 páginas:
A capitania no século XVIII;
O período colonial;
A emancipação política;
Sergipe no primeiro reinado;
Sergipe no período regencial:
A mudança da capital;
Sergipe no período imperial;
A primeira república em Sergipe;
O período getulista;
A tumultuada terceira república:
O regime militar;
A nova república.
Dentro de cada bloco de capítulos, onde o autor considerou
que merecesse, há uma avaliação da cultura de então (fatos relevantes, figuras proeminentes e outros aspectos). Com destaque
para o capítulo final, “A cultura sergipana ao longo do século XX”, quando o
autor chega aos artistas vivos que brilham agora em Sergipe.
Senti falta de um índice remissivo posto ao final que facilitaria
a localização de temas e pessoas tratados.
Achei boa e útil leitura.
Aracaju, 24 de fevereiro de 2024, por Antônio FJ Saracura
Caro escritor Antônio Saracura: infelizmente somente agora tive a oportunidade de ler seu comentário ao qual agradeço. Ele vem acompanhado de um reconhecimento pelo meu modesto trabalho o que aumenta a minha motivação para continuar trabalhando para o conhecimento da História de Sergipe. Na verdade eu não dei nenhuma orientação para que o meu contato não fosse revelado. Depois do livro publicado senti que quando escrevo rapidamente sobre mim deveria deixar o meu endereço eletrônico no livro, o que faço agora: evandedos santos@gmail.com. Autorizo a dá o meu e-mail a quem queira entrar em contato comigo também. E conte comigo para dentro das minhas modestas posibilidades agir para o conhecimento das coisas do noso amado Sergipe. Pode entrar em contato comigo também através de uma página que tenho no site Recanto Das Letras. Espero que este meu contato com voçê agora chegue somente atrasado e não tarde demais.
ResponderExcluirUma correção sobre meu E-Mail: evandedossantos@gmail.com.
ResponderExcluirObrigado, Evande... Manterei seu contato comigo para eventual eventual precisão.
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