O CICLO DOS
SETE, a ascensão das entidades,Gabriel
Machado Dias, Infographics, 2019 isbn 978-859-476-21-22
Parte I (em revisão)
O mais
importante em um livro é a sua construção. O autor, munido de poderes
sobrenaturais, pode criar e destruir mundos tão reais, que os leitores viveriam
ou morreriam neles satisfeito.
E foi isso
que fez o garoto Gabriel Dias, com sua primeira obra, “O Ciclo dos Sete”, uma
fantasia que narra o despertar, aparentemente terrível, dos sete Pecados Capitais,
erradicados fisicamente do nosso meio (selados em tumbas subterrâneas) há sete
mil anos. E o autor manipula, como perito matemático e químico esperto, a
misteriosa magia, a força das famílias sagradas, a tecnologia futura, o
heroísmo dos abnegados, a perseverança, a disciplina militar e a sorte que
todos temos, sejamos quem formos...
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Uma gruta
explode e a floresta em volta pega fogo. Gaile, menino ainda, procura, entre as
cinzas, o pai e o irmão gêmeo, Vain, e toda a gente que estava na gruta no
momento da explosão. Nem a polícia localizou qualquer vestígio depois.
O tempo
passa...
Agora, Gaile
é conceituado coronel da Guarda Real de Rogorod. Outra explosão misteriosa (que
o envolve) deflagra o rumo do romance e Gaile parte com a missão suspeita de
impedir que os Pecados Capitais despertem (se libertem) e retornem a ocupar a
posição de destaque que desfrutaram antes de serem selados em urnas
subterrâneas.
A trama se
desenvolve em uma geografia complexa para quem chega de sopetão do mundo real,
que foi o meu caso. Cortei campos, florestas, mares, grutas com nomes exóticos
que não constavam em minha lembrança e nem em nenhum mapa de meu conhecimento.
Junto com Gaile e um mago que apareceu, chamado Umbrior Kalahan, vivi e lutei
em reinos e cidades singulares: Vyerm, Jetum, Menoik, Anmabion, Dilimandil,
Ragarod, Kielgan... Palmilhei impérios (Famim, Menoikanos, Rebibas, Kamoti...)
e estudei povos heroicos (humanos, Kamotis, Anões, Floonai, Keno,
Nemedianos...).
Me encantei
com a magia de Umbricor (parceiro na missão), com a arte futurista do professor Haki com seu cajado e com o protético reconstrutor de membros humanos, Barito, além da poderosa
e articulada Lanin.
E fugi dos
Ghuls, monstros que comem carne humana, meio parecidos com os Trolls do folclore
escandinavo, que Tolken adotou.
E o povo,
dizimado anonimamente e sem pena, produz tipos marcantes, como a esperta
Maeli, que impede a ressurreição do Pecado Nartera da Inveja.
E há aquele
aliado circunstancial, judas do time pecador, Iolong da Preguiça, que, vez por
outra, dá um jeito de soltar uma dica (mas exige pagamento) e ajuda os mocinhos
a cumprirem sua missão.
...
Como me
fizeram falta plantas e tabelas semelhantes às elaboradas por JRR Tolkiem, em
“O Senhor dos Anéis”.
E “O Ciclo
dos Sete” conclui que a luta de Gaile e o sacrífico imenso de outros para
impedir a libertação dos Pecados Capitais, fora inútil. Melhor tê-los
convivendo com as Virtudes, cada um buscando angariar simpatia e adeptos. Nos
sete séculos em que as Virtudes reinaram soberanas, incentivaram guerras contra
“infiéis”, além de punirem pessoas por não seguirem as regras impostas. Se as Virtudes conseguirem eliminar, de vez, os Pecados terão poder absoluto, incontestável,
eterno.
Parte II
(para o autor)
(Por Antônio
FJ Saracura, 2020jun26,na quarentena do Corona Virus).
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