quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A TABERNA DOS DOIS TOSTÕES, Georges Simenon

A TABERNA DOS DOIS TOSTÕES, Georges Simenon, L&PM Pocket, 160 páginas, isbn 978-85-254-2351-1.



Não li ainda todos os livros de Simenon, como os de Agatha Christie e outros prolíferos da literatura. Acho que não. Sobre os dois nominados, quando penso que  cheguei ao final, surge um novo título na livraria. 


A Taberna de Dois Tostões, como a maior parte dos livros de Simenon cujo personagem é o inspetor Maigret, é curto, pode-se ler numa tarde. 160 páginas. Parece que Simenon escrevia sob medida.  Igual ao  cronista que dispõe de meia coluna na edição do jornal. 
Mesmo os enredos tendo a mesma fórmula: um inspetor de polícia que sempre resolve (ao final) o intrincado e muitas vezes esquecido crime,   não resisto e compro cada novo titulo.
Neste livro, Maigret visita um condenado ás véspera da execução.  O indulto foi negado e Maigret é o portador da má notícia. O condenado, tocado pela fatalidade,  deixa escapar uma denúncia (ou o sinal de uma) contra um anônimo, cujo paradeiro provável (pelo menos era a uma dezena de anos)   é  uma taverna da qual Maigret jamais ouviu falar. Não há uma pista, apenas soltos fragmentos, como se fosse uma queixa.
Maigret gosta de desafios.
E, como em outros livros, adia suas férias à Alsácia, manda a mulher na frente, e vai investigar. E acontece o óbvio: o antigo crime é elucidado e o criminoso vai para a cadeia.
Estranhei trechos soltos no enredo, sem aparente sentido. Creditei ao tradutor, pois julgo impossível um macaco velho escorregar em casca de banana. A não ser que,  com tantos livros publicados anteriormente, o autor resolvesse inventar maneiras diferentes de narrar. Isso é comum. Muitos escritores  se acham no direito de mudar a língua, as regras gramaticais e experimentar o que nem ele mesmo, depois, conseguirá explicar.  
  

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