A TABERNA DOS DOIS TOSTÕES, Georges Simenon, L&PM
Pocket, 160 páginas, isbn 978-85-254-2351-1.
Não li ainda todos os livros de Simenon, como
os de Agatha Christie e outros prolíferos da literatura. Acho que não. Sobre os
dois nominados, quando penso que cheguei ao final, surge um novo título
na livraria.
A Taberna de Dois Tostões, como a maior parte
dos livros de Simenon cujo personagem é o inspetor Maigret, é curto, pode-se
ler numa tarde. 160 páginas. Parece que Simenon
escrevia sob medida. Igual ao
cronista que dispõe de meia coluna na edição do jornal.
Mesmo os enredos tendo a mesma fórmula: um
inspetor de polícia que sempre resolve (ao final) o intrincado e muitas vezes
esquecido crime, não resisto e compro cada novo titulo.
Neste livro, Maigret visita um condenado ás
véspera da execução. O indulto foi negado e Maigret é o portador da má
notícia. O condenado, tocado pela fatalidade, deixa escapar uma denúncia
(ou o sinal de uma) contra um anônimo, cujo paradeiro provável (pelo menos
era a uma dezena de anos) é uma taverna da qual Maigret
jamais ouviu falar. Não há uma pista, apenas soltos fragmentos, como se fosse
uma queixa.
Maigret gosta de desafios.
E, como em outros livros, adia suas férias à
Alsácia, manda a mulher na frente, e vai investigar. E acontece o óbvio: o
antigo crime é elucidado e o criminoso vai para a cadeia.
Estranhei trechos soltos no enredo, sem
aparente sentido. Creditei ao tradutor, pois julgo impossível um macaco velho
escorregar em casca de banana. A não ser que, com tantos livros
publicados anteriormente, o autor resolvesse inventar maneiras diferentes de
narrar. Isso é comum. Muitos escritores se acham no direito de mudar a língua, as
regras gramaticais e experimentar o que nem ele mesmo, depois, conseguirá explicar.
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