RETORNO AO DESMEDIDO SILÊNCIO, Jânio Vieira, Aracaju,
Artner, 2021, 89 páginas,Isbn 978-65-88562-25-3
Quando eu estava lendo os poemas de Jânio, vi-o numa “live”
falando sobre si e sobre sua estreita ligação com o vate Manoel Cardoso. Um amigo de Manoel é meu também.
Os poemas de "Retorno ao Desmedido Silêncio" são curtinhos, entretanto poderosos. E me
pegaram também. Consegui captar a alma na maioria e gostei dela. Claro que em um
livro de poemas a unanimidade é impossível, sempre vai haver poemas que, por
mais que o arrodeemos, por mais que o mordamos pelas beiradas, escapam
incólumes deixando um travo na boca: “que diabos o poeta quis dizer aqui?”
Mas estes não chegam a tirar a beleza do conjunto.
Achei ótimos: “Os olhos” (o poeta se amplia
em sua dor); “Ao abrir a janela” (ali os cantos dialogam e se entendem); “A
Percepção” (para se ver bem é necessário imaginar); “A Noite” (é um constante
duelo com minhas metades); “Quando eu tinha sete anos” (Mal sabia que estava
capturando poesia); “Procuro” (o indizível)...para citar alguns.
Compartilho com o que diz Joao Paulo Araújo Carvalho, na orelha do livro, sobre o contista, cronista, poeta e membro da Academia Dorense de Letras, Jânio Vieira: “A poesia de Jânio volta à infância, ao passado, à memória, num caminho de contemplação palmilhado de imaginação, ludicidade, simplicidade e inocência, como num sorriso infantil.”
Então “Retorno ao Desmedido Silêncio” é um bom livro de
poesias.
(Aracaju, 24 de junho de 2021, revisão em 2023ago04, por Antônio FJ Saracura).
Li em agosto/2021 na ASL
ResponderExcluirPublicado no Zona Sul em 08/08/2023
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