ALÔ ARACAJU AQUELE ABRAÇO, Vieira Neto, J. Andrade, fl 130,
sem isbn

O jornal “do Dia” publica semanalmente os contos e crônicas de Vieira
Neto que leio com prazer. Textos apimentados, de gostoso ardor. Agradam sem escandalizar.
Vieira Neto publicou m sua coluna no mesmo jornal (sem nunca
ter falado comigo) uma avaliação de meus livros “Os Tabaréus do Sítio Saracura”
e “Meninos que não queriam ser padres”, tendo-os recomendado como bons. Foram dois momentos de glória para mim, sempre poupado pela crítica, como os demais escritores dessa terra insensível.
Caiu-me agora às mãos, emprestado por Euclides de Oliveira,
o segundo livro de memórias de Vieira Neto “Alô Aracaju, aquele Abraço”,
que trata de seu início de vida em Aracaju até quando resolve emigrar para o
sul. Já que disse que este é o segundo, obrigo-me a dizer que o primeiro, também
de memórias, chama-se “Um Garoto Estanciano” e trata exclusivamente de sua
infância princesa do Piauitinga. Sei disso pela leitura de afogadilho (para o dono da livraria não me expulsar).
Este “Alô Aracaju” é de leitura fácil, seguindo mais ou
menos um linha cronológica. Mas há idas e vidas, como a partir da página 107 ao se referir à sua deusa Luciana, da cidade
ribeirinha de Propriá.
Revi a Aracaju saudosa dos bodegas em cada esquina, dos
programas de auditório, dos bregas fuleiros e dos luxuosos Miramar e Chantecler. Também dos empreguinhos fajutos e dos chefes (que sempre há) que se achavam donos dos
subordinados. Parecido demais com minha vida de garoto na selva, que é a cidade grande para o tabaréu.
Passei boas horas andando com o "perdido" Vieira Neto pela
pecaminosa Aracaju...
Nesse meio tempo, eu conheci Vieira Neto, até leve alguns livros
dele para a III Bienal do livro de Itabaiana. Depois, o perdi de novo; ele
deixou de escrever no jornal.
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