AS CRÔNICAS DE NÁRNIA, C. S. Lewis,
volume único, 2009, Martins Fontes, 2 edição, 751 pag, isbn 978-85-7827-069-8

Tanto um como o outro foram professores
de Oxford, de matérias ligadas ao inglês arcaico e a às raízes do povo, e
participavam de um empreitada mútua e singular: escreverem livros de fantasia que
mostrassem o passado do povo anglo saxão, como os vikings possuíam, cheios de mitos
e lendas. Teriam que inventar. O trato era que Lewis (natural da Escócia) escrevesse sobre a exploração do espaço
sideral e Tolkien, inglês, da terra antiga. Eu achava difícil se obedecer
à essa de definição de fronteiras, pois, na fantasia, as fronteiras se diluem
na imaginação do autor. Tanto é que, Roverandom, de Tolkien, é a história de certo
cachorro mandado ao espaço por um mago irritadiço. Então, os dois autores
andaram aqui e acolá invadindo a seara do amigo, mas riam, apenas das tentações.
“As Crônicas de Nárnia” é um clássico
da literatura mundial. São sete livros encapsulados, daí a quantidade avultada
de páginas. A obra pertence à literatura
fantástica (quando os bichos avoam e falam como gente) e foi composta entre os
anos de 1949 e 1954. E é o sétimo livro mais vendido no mundo, com 110 milhões de exemplares, atrás apenas de O Senhor dos Anéis, Peter Rabit, O Corão, Livro Vermelho de Mao Tse Tung, Harry Poter e a Bíblia Sagrada. Há vários filmes tratando de cada uma das crônicas ou de partes delas que são sucesso entre a garotada e os madurões.
O primeiro livro do conjunto, “O
Sobrinho do Mago” tem 97 páginas apenas e acabo de o ler. Conta das aventuras de um garoto e uma garota que caem numa
armadilha de um velho mago (tio André) e, por meio de anéis, viajam no tempo ou
espaço até mundos encantados. E veem coisas de arrepiar as penas do papo das
saracuras. E eles assistem a criação do reino de Nárnia, que é o palco de
todos os sete livrinhos, pelo que sei por outras fontes. Há o leão Aslan, há a maga má Jadis (que
me lembrou Melkor de Tolkien), há um rei Franco (cocheiro importado das ruas de
Londres) e sua esposa, a rainha Helena, antes uma dona de casa comum. Há
passagens belas e empolgam até um coroa de mais de setenta como eu. Histórias
das carochinhas, encantamentos, fadas más, princesas lindas. Ainda há as mesmas árvores que
habitam os tempos gloriosos dos reis elfos de Silmarilion (Tolkien).
E ha mil imagens que preciso anotar (algumas) : “Era uma dessas casas que ficam muito quietinhas e aborrecidas durante a tarde e que sempre cheiram a carne de carneiro”. “Era um silêncio morto, gelado e vazio.” “Tinha-se a impressão de ouvir as árvores bebendo água com suas raízes.” ... São batidas? Até podem ser, mas bom contexto, me fizeram sorrir contente.
E ha mil imagens que preciso anotar (algumas) : “Era uma dessas casas que ficam muito quietinhas e aborrecidas durante a tarde e que sempre cheiram a carne de carneiro”. “Era um silêncio morto, gelado e vazio.” “Tinha-se a impressão de ouvir as árvores bebendo água com suas raízes.” ... São batidas? Até podem ser, mas bom contexto, me fizeram sorrir contente.
Mas vou parar a leitura. Ficarei
devendo seis obras primas (resto do livro). Que me perdoem o autor e a
imensidade de leitores. Porque? Como o primeiro, o enredo de todos, de certa
forma, já me são conhecidas devido às fontes variadas que a vida me deu. E, por
outro lado, há livros outros que serão surpresas da primeira à última página esperando
por mim, impacientes, na fila.
Eu não quero morrer sem os ler.
(Aracaju, 02/04/2020, Antônio
Saracura)
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