CHICO DE
MIGUEL a História de um Líder, Carlos Mendonça,Gráfica J Andrade,Tamanho: 21 x
15,Páginas: 196, com ilustrações,Ano: 2011,Isbn: 978-85-60075-57-7.
Chico de Miguel recebe de Carlos Mendonça, desconhecido até
ontem pelo meio cultural da moda, uma justa homenagem com este livro. É uma obra
muito bem vinda. Mas acho pouco ainda. A intelectualidade quase sempre esquece
suas estrelas e fica cantando vaga-lumes alheios. Não que os vagalumes alheios não
tenham também que ser cantados! Mas precisamos
escrever mais sobre a nossa gente, como Euclides, Manuel Teles, Chico de Miguel
(em Itabaiana), Ribeiros, Almeidas, Reis (em Lagarto), só para citar alguns de duas
cidades desse mundão de Sergipe. Precisamos de mil Carlos, mil Baldocks e
Saracuras (brasas para minha sardinha), de mil Adalbertos, mil Florianos e LABs.
E ainda será pouco para escrever tudo que se tem para contar.
Chico de Miguel merece, pelo seu papel na política e pelo
carisma inquestionável, uma biblioteca inteira. Ganhou o primeiro tomo.
Acabei de ler o livro. Sinto-me gratificado e achando a minha
terra maior e mais digna. Estamos mais ricos, agora, com o resgate da
trajetória deste polêmico líder político. Muito mais
ricos ainda, porque é nosso, é parecido com a gente. Filho da Várzea do Gama
(colado à Terra Vermelha, minha pequena pátria da grande Itabaiana), roceiro,
bodegueiro, trocador de bois. Com sua vida, mostrou que a glória é possível até
para quem nasceu num remoto e rústico povoado e em uma família humilde. Basta
querer! Basta topar os desafios!
A história contada no livro consolida a figura valorosa que o
líder dos udenistas representou para a história de nossa terra.
E quanto aos pessedistas (como muitos que conheço e admiro)?
Tem que tirar o chapéu para este udenista de pêia, que foi Chico,
mesmo que lhes doa um pouco. Eu estou fazendo isso. Meu pai, Zé de Pepedo Saracura,
no seu descanso eterno no Cemitério Santo Antônio e Almas de Itabaiana, também.
Acho que sim. O seu pesssedismo deve ter
amenizado.
E quanto ao autor Carlos Mendonça?
Deus queira que a cada mês apareça alguém aqui em Sergipe assim igual
dando-nos obras como esta, que resgatem nossos costumes e valores, desvendando
o passado e enriquecendo o futuro de nossos filhos...
E quanto aos senões?
Não passam de meros senões. E que se transformem em desafios para
que surjam mais livros sobre os chicos ou os franciscos que temos de sobra.
(Escrito em algum dia (do ano de 2011) logo após o lançamento, ao
qual estive presente, no auditório da Ufs Itabaiana, que estava lotado).
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