TOCATAS POETIZADAS E PROSAIADAS:
UM CONCERTO EM LOUVOR AO BELO, João Bosco Soares dos Santos, Editora Paginae,
Salvador Bahia, 2013, 526 páginas,Isbn 978-85-63784-36-0.
Eu
e Cida (minha esposa), e Carlos Mendonça (amigo caroneiro) já
estávamos retornando a Aracaju, fecháramos o hotel que pegou fogo e queimou,
pela manhã, as nossas roupas e malas, quando resolvemos dar uma última
passadinha de despedida no memorial da Chesf, onde ainda acontecia a Primeira
Bienal do Livro de Paulo Afonso.
No
estacionamento, batemo-nos com João Bosco, um senhor alinhado, também escritor
e a quem não me animara abordar no salão dos escritores onde ficáramos o dia
anterior inteiro.
Ele
retirava livros do bagageiro do carro e eu o cumprimentei.
Olhou-me
com grande simpatia e conversamos por cinco minutos. Viera de Rodelas, uma
cidade de Pernambuco, e nos convidou para um dia esticar até lá.
Dei-lhe
um dos meus livros, acredito que “Tambores da Terra Vermelha” e ele me deu dois
brindes, um cd e este livro chamado “Tocatas”.
O
Cd, escutei enquanto dirigia de Paulo Afonso a Aracaju. Voz possante, afinada,
melodiosa. Repertório invejável: as melhores músicas românticas que o Brasil
produziu. Uma pessoa que cante assim tão bem, não deveria gastar a voz falando
com ninguém, deveria somente cantar.
E
o livro, com quem mantive contato íntimo apenas dias depois em Aracaju, também
foi uma grata surpresa. Não apenas pela produção poética, pelos hinos de amor,
de sabedoria e patrióticos também pelos ensaios e pelas miscelâneas, como
haikais, trovas, Rubayats...
Valeu
a pena ter ido à Bienal de Paulo Afonso pelo encontro casual no estacionamento
com esse monstro chamado João Bosco Soares dos Santos, que nunca mais o vi
nesse mundo louco.
(Aracaju,
27 de dezembro de 2014, por Antônio Saracura, recuperada em janeiro de 2021).
Li na ASL em 04/09/2023
ResponderExcluirPublicado no Zona Sul e 24/10/2023
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