VIU O HOME?, Ronaldo Pereira, edições Ronpelim, 2015, isbn 978-85-67293-29-5.
Conheci
Ronaldo por ocasião da impressão dos livros premiados no Secult de literatura,
em 2011. Ele ganhou o Prêmio Alina Pain (literatura infantil) com o livro
“Laura” (já resenhado aqui), e eu, o Prêmio Mário Cabral de Crônicas, com o
livro, “Minha Querida Aracaju Aflita.”
Ele
e a esposa moram em Cedro de São João onde são professores da rede Pública.
Tenho-os visto com frequência, em feiras literárias, sempre juntos, assim como
eu e Cida, minha esposa.
Na
última Bienal de Itabaiana, Ronpelim apresentou este livro, “Viu o Home”. Na de
Alagoas, onde o encontrei já no finalzinho, me deu o livro, que agora li.
É
um punhado de crônicas curtas de cunho político, tratando das malandragens
dessa classe degradada, que é composta por prefeitos e vereadores, na base. O
cenário é uma cidadezinha do interior: escola para os políticos aprenderem a
ciência da função. Pois dela é que saem os deputados, senadores, governadores e
presidentes. O que acontece nela vai acontecer na capital, seja do Estado ou da
nação. Costume de casa vai a praça. Especialmente, mau costume: esperteza,
dissimulação, falsidade, corrupção, abuso de privilégios, etc.
“Cadê
o Home” tem humor, crítica social, denúncia.
Sem
dúvida, é o retrato das patranhas da classe que se refestela com o cofre
público e abusa do poder que o povo, sem alternativa, lhe outorga.
E
nos faz refletir:
"Por
que eu mantenho (aceito) isso?"
Você
também, talvez.
(Aracaju,
10 de janeiro de 2016, Antônio Saracura, recuperada em dezembro de 2020).
Li na ASL em 2020
ResponderExcluirPublicado no jornal Zona Sul em 05/12/2023
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