TOMATES CEREJA, Ailezz (Maria Zélia Silva Rocha),Edição particular,Revisão de Lilian Rocha
Tempos atrás (um ano talvez) eu
folhei o livro na Escariz (prateleira de livros sergipanos) e li trechos aqui e
acolá. Tinha título interessante, uma capa agradável, e se dizia um romance.
Mesmo assim, não me fisgou; pois achei que fosse uma novelinha açucarada.
Há poucos dias, na Roda de
Leitura da biblioteca Epifânio Dória, que frequento, uma senhorinha me interpelou,
pois soubera de meus livros. Disse-me que publicara também um romance e propôs fazermos
permuta das obras. Ela estava acompanhada de João Neto, jornalista de méritos,
que já me entrevistara uma ou duas vezes. Era a mãe dele.
Ao receber o livro, reconheci o folheado
na Escariz. Estava na capa o galhinho de tomates cereja maduros. “Tomates
Cereja.”
Chegando em casa, comecei a ler o
livro.
A aproximação a um livro é um
processo demorado, carece de apresentação por algum leitor, recomendação de alguém,
a aproximação com o próprio autor, como foi este caso. Além de outros.
Li livro, de começo, por João
Neto e um pouco porque a autora estava agora com “Os Tabaréus do Sítio
Saracura” (objeto da troca). Como eu ficaria se ela viesse, qualquer dia, me falar
de “Os Tabaréus...”e eu nada soubesse dos “Tomates...”?
Logo nos primeiros capítulos, o
livro me conquistou. Uma grata satisfação. Deliciei-me com a bela história da
família tatuada geneticamente com uma coroa. Enchi os olhos de lágrimas aqui e
acolá. É certo que sou fraco demais para chorar. Tenho chorado muito lendo
livros.
“Tomates Cereja” é um romance
curtinho (não seria uma novela?), mas conta uma história que mexe com o coração
do leitor.
(Aracaju, 24/07/2012, Antônio FJ
Saracura, resenha recuperada em dezembro de 2020)
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