quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

ANVERSOS, Cléa Maria Brandão de Santana

ANVERSOS, Cléa Maria Brandão de Santana, Infographics, 184 páginas, 2013,ISBN 978-85-916442-0-9


Conheci Cléa nas reuniões da Academia Sergipana de Letras., eu como convidado por mim mesmo e ela membro efetivo do movimento Antônio Garcia (pre-academia). Colocações comedidas, sempre primando pelo lado bom das coisas. Nada de polêmicas, contestações, muito pelo contrário.
Eu sabia de uma obra de sua autoria, “Casa de Farinha”, mas esgotado há muito. Soube pela mania de corujar bibliotecas... Eu fazia isso na pequena biblioteca de Walfredo Benigno, enquanto ele editava um de meus livros (acho que Meninos que não queriam ser padres) e vi o a Casa de Farinha. Depois de muito atanazar, Valfredo me emprestou por cinco dias. O livro compunha-se de um texto de memórias tratando de uma casa de farinha e outros agregados que não me entusiasmaram. Mas da “Casa de Farinha” de Clea eu nunca mais esqueci. Tanto pelo conteúdo (ao meu gosto) como pelo jeito peculiar da escrita, encompridando as frases com um rabinho buliçoso e instigante, que eu algumas vezes também uso, falando ou escrevendo.

Acabei de ler Anversos, o segundo livro de que tenho notícia de Cléa Brandão.

São crônicas e ensaios, no meu modo de entender. Alguns de cunho religioso, pois Clea é evangélica histórica, outros abordando aspectos históricos, da mitologia, da literatura e da filosofia.

Quando consigo chegar ao final de um livro, ele valeu a pena ser lido. Quando chego satisfeito, comemoro, como estou fazendo agora com Anversos. Prosa leve, culta, útil. O texto denominado “ Etnias” é um estudo interessante que tenta demostrar que todos descendemos dos judeus. Verdade? “O Livro de Ester” me fez voltar à minha velha Bíblia amarelada e me deliciei com a Ester integral. Quanta poesia! A ”Catedocracia Judaica” é um instigante ensaio sobre a persistência do povo judeu no mundo. “Masada...” muito revelador.

A algum tempo atrás havia um jornal (o Globo do Rio de Janeiro, acho) que indicava a cotação de filmes com bonequinhos: bonequinho cochilando indicava que o filme era um saco. Bonequinho sentado, que o filme era sem nada de especial. Bonequinho em pé, que o filme era bom. Bonequinho em pé e aplaudindo – que o filme era muito bom. Eu dou a Anversos o ultimo bonequinho.

Sala de Leitura (publicada em Perfil ano 17 /01)

Anversos, de Cléa Maria Brandão de Santana, Infographics, 184 páginas, 2013,ISBN 978-85-916442-0-9 - Quando consigo chegar ao final de um livro, acho que ele valeu a pena. Quando chego satisfeito, comemoro, como estou fazendo agora no final de Anversos. Prosa leve, culta, útil. O texto denominado “ Etnias” é um estudo interessante que tenta mostrar que todos descendemos dos judeus. Verdade? “O Livro de Ester” me fez voltar à minha velha Bíblia amarelada e me deliciei com a Ester de corpo inteiro. Quanta poesia! ”Catedocracia Judaica” é um instigante ensaio sobre a persistência do povo judeu no mundo. “Masada...” revelador. 

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