ELIZEU OLIVEIRA O ARROJADO,
Carlos Mendonça e Maria da Conceição Andrade Oliveira, 2016, Aracaju, Sergipe,
Infographics,M539e, 218 páginas, ilustrado, isbn 978-85-9476-008-1
O título ainda inclui, precedendo
o epíteto Arrojado: “um empreendedor futurista, íntegro e solidário”.
Um livro feito no capricho, capa
grossa, fotos coloridas, papel couché brilho Suzano 90ng. Escrito a duas mãos, por Carlos Mendonça, que
já produziu uma dezena de obras na mesma linha, e por Maria da Conceição Oliveira,
empresária de sucesso e filha do biografado.
Mesclado por uma iconografia vasta,
os fatos fluem cronologicamente, desde a origem de Elizeu Oliveira (o arrojado)
em um sítio de agricultura no povoado Corisco de Itabaiana indo até o seu
falecimento precoce, de um infarto fulminante, internado em uma clínica de
reeducação alimentar em Brasília. E tem
muito no meio: a infância dura, os primeiros passos no comércio, o vendedor na
pedra da feira, a inauguração dos armazéns Guanabara, o casamento e a família,
o sistema de cobrança um tanto bizarro mas que funcionava, a expansão da rede
de lojas, o cinema pornô, o empreendedor imobiliário. Testemunhos de intimidade
de uma família, e por aí vai. Há um interessante capítulo que fala do lado
folclórico de arrojado (atendimento pela frente, discussão no cemitério,
cobrança pública, só quero se tiver Cremilda...) e outro, um tanto bizarro, que
fala da festa que os amigos fizeram no velório, quebrando o protocolo, por
ordem do morto.
Da página 136 a 143, os autores
fizeram publicar, na íntegra, uma reportagem que vale um livro. Saiu na edição
de agosto de 2009 da Revista Perfil, por ocasião do 121 aniversário de
emancipação política de Itabaiana, com o título: “Itabaiana – uma terra de
Arrojados”. Conta as origens da cidade e do povo, mostra os grandes nomes que a
cidade produziu e, especificamente foca Elizeu Oliveira, o Arrojado: a pessoa,
o empresário empreendedor, o pai de família. Uma reportagem justa, merecida, e
que consagra o herói. Para onde foi Revista Perfil? Estava no caminho certo e sumiu
em alguma curva traiçoeira.
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As empresas do Arrojado continuam.
Seus filhos, “os arrojadinhos”, expandiram os negócios. Aprenderam com o pai,
desde pequeninhos, as manhas da profissão.
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Senti falta, como em outros
livros que tenho lido sobre celebridades de Itabaiana, da genealogia das
famílias. Era essa a hora de levantar a árvore, pois ainda há muita gente viva
e que sabe, e livros nos cartórios e igrejas ainda não incendiados ou
inundados.
Quanto ao mais, a obra presta um
serviço inestimável à nossa história, eternizando um herói, que poderia se
perder nas brumas do passado, como já aconteceu com alguns. Ainda bem que a
família de Elizeu Oliveira cuidou disso para nós todos. E ainda nos arrumou
mais um escritor, Conceição Oliveira, que confessa a intenção de prosseguir na
nobre missão: “Fiz e gostei tanto dessa experiência que, de minha autoria,
novos livros virão. Aguardem!”
Quem vai intimidar a literatura
que desce da serra? Nem que a inquisição
do maldito ofício volte a queimar livros e autores em fogueiras.
Queremos ler seus livros ,
Conceição!
(Antônio Saracura,
Aracaju/21/08/2016)
Gratidão por este resumo lindo que fez do nosso livro!
ResponderExcluirOla Conceição, com gd satisfação que leio essa matéria e fico orgulhoso e ver o seu sucesso. Parabéns!
ResponderExcluirSou Americo, irmão das professoras de arte Marcia e Selma que esinaram balet no Colégio das Freiras, fui professor de música nesse tempo, vc e seu irmão participavam da banda do Colégio. Tenho pouca fotos desse tempo mas em destaque uma sua tocando marcação.
Bom recordar esse tempo.
Deus te abençoe.
Valeu Obrigado em nome da autora.
ExcluirESSE E DE SERGIPE E DO BRASIL...
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