domingo, 7 de agosto de 2016

O INTRUSO Lemniscata, J Ribeiro Neto

O INTRUSO Lemniscata, J Ribeiro Neto,310 páginas, 21cm,2011,ISBN: 978-85-63318-11-4


Você sabe o que significa lemniscata? Eu não sabia e confesso que está me dando trabalho deglutir esta peça da geometria. Não se assuste com a minha ignorância. É que andei a vida inteira nadando em águas rasas, que sempre davam pé.  Depois daquela experiência no meio do Atlântico, na praia de Atalaia (veja “Meninos que Não Queiram ser Padres”) nunca mais arrisquei ir a fundo em nada. Nem na água, nem na literatura, nem na vida”.

'Lemniscata' é um mistério que reúne troca de identidades, enigmas criptografados e o mapa de um tesouro desconhecido do Rio de Janeiro do século XVI, tendo Portugal, Ilhas do Pacífico e a Cidade Maravilhosa como cenários. Google Books (google).


Vou dizer logo o que me instigou em ler o livro de J Ribeiro Neto.

Tidê, o revisor da editora Segrase, disse a outro funcionário (eu escutei, estava próximo) que “O Intruso” era muito bom. Quando o livro saiu, Vieira Neto (jornalista e crítico literário) escreveu na sua coluna do jornal “Do Dia” que estava lendo e gostando. Ana Medina, que participou da comissão da avaliação das obras inscritas no concurso onde o livro foi premiado, elogiou a erudição do autor que ela ainda não sabia quem era.

Além disso, o livro foi premiado na categoria Romance, no mesmo concurso em que “Minha Querida Aracaju Aflita” (de minha autoria) recebeu o prêmio na categoria Crônica. Prêmio da Secretaria de Cultura de Sergipe, a última edição, em 2010. Depois nunca mais houve outro concurso desses. O autor, que conheci na Segrase enquanto nossos livros eram editados, foi simpático, tratou-me bem. Então achei que o deveria conhecer melhor lendo sua obra.   

Repasso abaixo as minhas observações rabiscadas aqui i e acolá, quando achei que precisava fazer, ao ler o livro:

(Página 66) – “muito confuso. Onde está o fio da meada”.
(Página 72) – “a história prossegue sem me fisgar. As frases são bem construídas, mas o enredo foge-me a cada momento”.
(Página 82) – “este capítulo começou me segurando. Achei que engrenara finalmente. Perdi-me outra vez”.
(Página 90) – “bonito capítulo, mas estéril, como se fosse isopor colorido.  Sinto-me dispersivo, incapaz de me concentrar o tanto necessário para pegar a trama do livro”.
(Página 103) – “melhorou.  O texto em itálico, apesar de ter me parecido alienígena, me agradou.  O autor conhece o meio que descreve, tem cultura bem sedimentada, percebe-se nos diálogos, nas considerações.  Mas continuo indignado, o livro ou eu estamos demorando muito a nos entrosar”.
(Página 107) – “será que estou perdendo tempo?”.
(Página 114) – “retiro que falei atrás. Entrei no romance, finalmente”.
(Página 117) – “espetacular”.
(Página 123) – “gostei dessa parte, mesmo achando Flávia artificial e inconveniente”.
(Página 130) – “e essa morte agora surgindo do nada? Pelo menos para mim. Vou avançar mais um pouco, quero ver se acho justificativas”.

(Página 145) – “outra vez o livro fica cansativo.  Diálogos inúteis”.
(Página 153) – “bom os resmungos do delegado”.
(Página 156) – “O capítulo em si foi compreensível. Mas, para que?”
(Página 164) – “bom diálogo. Mas é necessário à trama?”.
(Página 177) – “excelente. Esclarecendo dúvidas anteriores.”
(Página 186) – “muito bom. O livro volta a me cativar”.
(Página 194) – “ainda me perco com os personagens, são vários. O autor os nomeia por nomes completos aqui, partes do nome ali, apelidos acolá.  Fico perdido, pedindo para ser apresentando e são velhos conhecidos.  Encabulo-me. Lição para meus livros: nunca usar nomes variados para o mesmo personagem. Nem usar nomes parecidos para personagens diferentes. Mesmo assim, gostei do capítulo”.
(Página 205) – “outra vez me perturba o excesso de nomes que cada personagem tem. Por exemplo: Elbinha, Caboclinha, Bruxinha, Binha, etc... são nomes à mesma pessoa.”
(Página 210) – “novos personagens aparecem. Para que?  E com apelidos (Lady Murphy)”.
 (Página 215) – “suspense espetacular”.
(Página 218) – “gostei muito”.
(Página 229) – “capítulo muito bem escrito.  Cada coisa no seu lugar”.
(Página 237) – “muito boa esta parte”.
(Página 241) – “muito bom capítulo”.
(Página 252) – “diálogo politicamente incorreto. Não precisava (Juiz)”.
(Página 255) – “bom capítulo. Bom final com suspense”.
(Página 266) – “os personagens com vários nomes ainda me confundem”.
(Página 287) – “achei meio infantil a enxurrada de esclarecimentos do delegado, quando o romance não o criou como um investigador capaz dessa análise toda”.
(Página 292) – “bom”.
(Página 306) – “fim morno. Mas o livro foi interessante. Apenas no começo me cansou, demorou muito a me fisgar. Talvez por culpa minha. Ando meio dispersivo”.

(Aracaju, algum dia entre julho e dezembro de 2011)



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