LÍRIO AZUL,Ailezz (Maria Zélia
Silva Rocha),J. Andrade,páginas:137,Isbn: 978-85-60075-85-0

Já tive o prazer de ler outro
livro de Zélia, “Tomates Cereja”, que explora o lado bom da vida. Esse “Lírio
Azul” anda no mesmo rumo. Há livros amargos demais, fazem os leitores acabrunharem-se,
entrarem em depressão. Pelo menos os leitores sensíveis que têm alma à flor da
pele. Penso que eles são necessários, mas livros doces, como os de Zélia, são
indispensáveis, fazem muito bem. Precisamos sonhar, para valer a pena viver.
Deus me livre de pesadelos!
A história é trivial, não traz
nada fora dos ingredientes padrões, mas agrada, emociona. Há momentos em que
toca o coração, provoca lágrimas. Devagar, serena, a autora vai armando sua
trama e semeia toda paz que quer. Como é bom perceber que a vida pode ser boa e
que as coisas podem dar certo, mesmo que seja, apenas, nos livros de Zélia.
Para turvar esse clima quase angelical,
a filha do casal (Paulo e Clara) nasceu cega, um defeito genético irreversível.
“Mas não é só com os olhos que podemos
ver; com o coração também vemos e sentimos a grandeza de Deus”.
Lembrei-me agora de outra frase
que me causou impacto quando a li em algum lugar que não me lembro mais: “Quando
Deus permite que uma porta se feche (os dois olhos, por exemplo), abre infinitas
portas para compensar e até sobrar.” Assim, a troca fica muito vantajosa. Por
que se revoltar se uma chance vai-se? Deus lhe favorecerá com muitas outras, basta
confiar.
Talvez a escrita fosse outra, mas
a ideia transmitida era essa. Dizer mais o quê?
Nota de leitura: LÍRIO AZUL, Ailezz (Maria
Zélia Silva Rocha), 137 p – Um curto romance de enredo agradável. Há momentos
que toca o coração do leitor, forçando-o a enxugar as lágrimas. Devagar, serena, a história flui. Como é bom perceber que a vida pode ser boa e
que as coisas podem dar certo. Ailezz já
publicou outro romance, “Tomates Cereja”, que segue o mesmo padrão, e gostei
muito de ler a ambos.
(Publicada na revista Perfil, ano
17 número 2)
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