domingo, 15 de maio de 2016

ESSES ESTUDANTES BRILHANTES E SEUS PROFESSORES ILUMINADOS, João Mendonça


ESSES ESTUDANTES BRILHANTES E SEUS PROFESSORES ILUMINADOS, João Mendonça, Mário Jorge, Tatiana Cíntia,





Há muitos por aí, talvez até mais brilhantes, mas ficarei com três grupos de estudantes dos colégios Salesiano, de Aracaju, Monteiro Lobato, de Itabaiana e Eduardo Silveira, de Itabaiana, e seus professores de literatura: Mário Jorge Figueiredo Cruz, Tatiana Cintia da Silva e João Mendonça.


O professor Mário Jorge, coordenador do ensino médio do Salesiano, abordou-me em um evento, outro dia, e ofereceu-me um livro: ”Prêmio dom Bosco de Literatura- coletânea 2011”. Ele sabia que eu lia livros. A obra é formada por contos, crônicas e poesias dos alunos vencedores do IV concurso literário interno. Textos de qualidade, agradáveis de ler, onde brilham talentos. Sem avaliar o mérito dos textos, já mereceram a aprovação de uma comissão de nomeada, fica-nos engasgada a emoção de vermos garotos agregando, já, tanta riqueza à nossa cultura.




O Colégio Monteiro Lobado, de Itabaiana (onde Tatiana Cíntia é professora), não ficou atrás. Estou com o livro “Pintando o Sete”, uma coletânea de poemas escritos por seus alunos. Ambos (Dom Bosco e Pintando) são testemunhos da educação esmerada que esses colégios proporcionam a seus alunos, moldando escritores que contarão nossa história no futuro, despertando leitores inteligentes, dos quais o País muito precisa para sair da mediocridade endêmica.




No terceiro caso (Colégio Estadual Eduardo Silveira, de Itabaiana e o professor João Mendonça) não há um livro publicado, mas uma bela produção artística sobre uma obra consagrada da literatura sergipana (e itabaianense), “Os Tabaréus do Sítio Saracura”. Os alunos, orientados pelo mestre João, entrevistaram personagens, visitaram locações, debateram com o autor, criaram desdobramentos e produziram muito mais que um livro: Peças teatrais com interpretações brilhantes; coleção de utensílios de que o livro trata; vídeos dos testemunhos dos personagens e do autor. Avaliação do ambiente rústico envolvido; coleção de fotos que certamente farão história; e muito mais.
Eu fui convidado e estive no dia da apresentação. A plateia delirava, aplaudia, chorava de emoção. 
Meninos e meninas de um colégio público (o Eduardo Silveira é), vindos da classe trabalhadora e quiçá sem trabalho certo, privaram-se de seu lazer restrito, negociaram sacrifícios com os pais, eliminaram invisíveis e talvez inexistentes “gordurinhas”, mas geraram um espetáculo admirável.

O exemplo desses ESTUDANTES BRILHANTES E DE SEUS PROFESSORES ILUMINADOS vale a pena ser seguido.


(Publicada na Perfil 16/01)


Um comentário:

  1. Motiva a escrita e a leitura sempre trarão bons frutos. E a luta literária continue.

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