sexta-feira, 20 de maio de 2016

HISTÓRIA E CULTURA DE ITABAIANA CONTADA EM VERSOS, Ednalva Barros Tavares

HISTÓRIA E CULTURA DE ITABAIANA CONTADA EM VERSOS, Ednalva Barros Tavares,páginas: 100, 21cm, Infographics,2011,isbn: 978-85-912553-0-6



Como é difícil publicar livros! 


Muito dinheiro público é aplicado em trios elétricos com suas loiras oxigenadas e cacarejantes, produzido fugaz noite de ilusão e ruído. Quase nenhum dinheiro é gasto em literatura, e um livro custa bem menos e dura uma eternidade de sossego... 

Está acontecendo em Itabaiana um rebuliço cultural. Agora é meados de 2011, por aí. Dois historiadores, Wanderlei Menezes e José de Almeida Bispo, estão com livros prontos para publicar. Robério Santos, depois do “Vendedor de Sereias”, acaba de lançar  a biografia de Joãozinho Retratista. De Robério circula uma revista que vale muitos livros (Omnia), fruto de particular empenho. Há livros de poesia circulando ainda quentes e outros no forno das editoras. Há ainda Vladimir Carvalho, Ismael Moura, Antônio Samarone, José Rivas, Luciano Correia e muito mais. E a revista Perfil, que abençoa mensalmente tudo isso! Até eu, um bugre tosco, depois de “Os Tabaréus do Sítio Saracura” e “Meninos que não Queriam ser Padres”, aguardo, roendo as unhas, que o Estado cumpra a palavra (prêmio Mário Cabral) e publique “Minha Querida Aracaju Aflita”.

Está nas livrarias e nas mãos dos leitores a “História e Cultura de Itabaiana Contada em Versos”, da professora Ednalva Barros dos Santos. A poetisa é nascida e criada no povoado Lagoa do Líbano (recende pura poesia), que fica junto das Flechas e Bastião  (meus ditosos pagos).

Viva a Deus!  
Vibro quando o livro trata de nossos costumes. Por que cantarmos os pirilampos dos outros quando a nossa lua é muito mais bonita?  
Viva a Deus também porque o poder público tirou o cascacel do bolso e publicou o livro da professora Ednalva. Será? Ledo engano! A edição foi custeada por uma comissão de mecenas, conforme reza a contra capa.

Sobre a autora?
Vive o magistério, na rede pública do município. É pedagoga com pós graduações e, atualmente, é a diretora (e professora) da escola do Boqueirão, mas já passou por Taperinha, Pé do Veado, Bastião, Cabeça do Russo, Bananeiras, Miguel Teles... Bateu a coxia!

Sobre o livro?
São irrelevantes os pequenos senões, diante do que tem de bom. Senti pelos versos que estouraram métrica e música, e pelas estrofes que incharam sem precisão. 
Como se poesia precisasse de regras!  
E pela segunda pessoa alienígena e algumas discordâncias, como a do próprio título...
Como se poeta precisasse desses purismos!  
Por que estou aqui apontando falhas, se meus escritos são eivados de erros facilmente evitáveis? 
Vá lá se entender a natureza humana! 

O que vale é que a nossa cultura está muito mais rica agora com a obra da professora Ednalva.

(publicada na Perfil 14/09)



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