HISTÓRIA E CULTURA DE ITABAIANA CONTADA EM VERSOS, Ednalva
Barros Tavares,páginas: 100, 21cm, Infographics,2011,isbn: 978-85-912553-0-6
Como é difícil publicar livros!

Está acontecendo em Itabaiana um rebuliço
cultural. Agora é meados de 2011, por aí. Dois historiadores, Wanderlei Menezes
e José de Almeida Bispo, estão com livros prontos para publicar. Robério
Santos, depois do “Vendedor de Sereias”, acaba de lançar a biografia de Joãozinho Retratista. De Robério
circula uma revista que vale muitos livros (Omnia), fruto de particular empenho.
Há livros de poesia circulando ainda quentes e outros no forno das editoras. Há
ainda Vladimir Carvalho, Ismael Moura, Antônio Samarone, José Rivas, Luciano
Correia e muito mais. E a revista Perfil, que abençoa mensalmente tudo isso!
Até eu, um bugre tosco, depois de “Os Tabaréus do Sítio Saracura” e “Meninos
que não Queriam ser Padres”, aguardo, roendo as unhas, que o Estado cumpra a
palavra (prêmio Mário Cabral) e publique “Minha Querida Aracaju Aflita”.
Está nas livrarias e nas mãos dos
leitores a “História e Cultura de Itabaiana Contada em Versos”, da professora
Ednalva Barros dos Santos. A poetisa é nascida e criada no povoado Lagoa do
Líbano (recende pura poesia), que fica junto das Flechas e Bastião (meus ditosos pagos).
Viva a Deus!
Vibro quando o livro trata de
nossos costumes. Por que cantarmos os pirilampos dos outros quando a nossa lua
é muito mais bonita?
Viva a Deus também porque o poder
público tirou o cascacel do bolso e
publicou o livro da professora Ednalva. Será? Ledo engano! A edição foi
custeada por uma comissão de mecenas, conforme reza a contra capa.
Sobre a autora?
Vive o magistério, na rede
pública do município. É pedagoga com pós graduações e, atualmente, é a diretora
(e professora) da escola do Boqueirão, mas já passou por Taperinha, Pé do
Veado, Bastião, Cabeça do Russo, Bananeiras, Miguel Teles... Bateu a coxia!
Sobre o livro?
São irrelevantes os pequenos senões,
diante do que tem de bom. Senti pelos versos que estouraram métrica e música, e
pelas estrofes que incharam sem precisão.
Como se poesia precisasse de regras!
E pela segunda pessoa alienígena e algumas discordâncias, como a do próprio título...
Como se poeta
precisasse desses purismos!
Por que estou aqui apontando falhas, se meus escritos são eivados de erros facilmente evitáveis?
Vá lá se entender
a natureza humana!
O que vale é que a nossa cultura
está muito mais rica agora com a obra da professora Ednalva.
(publicada na Perfil 14/09)
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