domingo, 17 de dezembro de 2017

MONSENHOR JOÃO BATISTA DE CARVALHO DALTRO

MONSENHOR JOÃO BATISTA DE CARVALHO DALTRO, Claudefranklin Monteiro Santos (organizador), Gráfica J Andrade, 2011,Tiragem: 1000 Exemplares, patrocínio: 
Prefeitura de Lagarto e Faculdade Ages, páginas: 52. :Il. Isbn: 978-85-64363-00-7




É um pequeno livro, um opúsculo. Acaba de sair sob o patrocínio da Prefeitura de Lagarto e outros mecenas. O poder público acordou para a literatura, parece, a quem deu migalhas, quando deu. Sua fortuna é gasta com conjuntos musicais de gosto duvidoso ou com farras secretas.

O livro de que falo aqui é uma coletânea de artigos de intelectuais (pegos na internet, na imprensa ou escritos para o próprio) e poemas de alunos, versando sobre o personagem, Monsenhor Daltro, um homem célebre de Lagarto, que fez história e mudou para melhor a vida de seus conterrâneos. Ele já não está em nosso meio desde 1910, mas deixou marcas indeléveis. Ele é o pai dos Garcia Moreno. Muitos de seus descendentes fazem Itabaiana ser melhor e engrandecem Sergipe e o Brasil.

Atribula-me o descaso que damos aos nossos grandes homens.

Jogâmo-los na vala do ostracismo. Suas catacumbas nos cemitérios, depois que os netos se vão (ou até antes) jazem abandonadas, como seus moradores, cobertas de mato, deterioradas. Ou soterradas, o que aconteceu com as catacumbas do piso da Igreja matriz de Itabaiana após uma reforma do vigário do momento (Monsenhor Eraldo Barbosa?).

Quanta história não está sumindo definitivamente sob os escombros das igrejas jesuítas apodrecidas e espalhadas pelos antigos canaviais de Sergipe e do nordeste inteiro? Os grandes (homens e monumentos) da nossa terra, que agregaram orgulho ao nosso povo, estão sendo esquecidos. Quando muito, ainda temos deles fotos esmaecidas pelo tempo cobrindo as paredes dos Institutos Históricos e Bibliotecas menosprezadas. Os cupíns as cercam perigosamente.

Como teremos orgulho de nossa terra por conta apenas das futilidades contemporâneas?

Graças dou à igreja católica que, através do Instituto da Santidade, consegue preservar eternamente os seus militantes, os quias foram exemplo no seu tempo.  Estou me referindo aos santos, apesar de nem todos serem tão santos assim! Qual o católico que ignora Santo Antônio, São Francisco, São Cristóvão e até São Jorge (que falam que nem existiu de verdade)?
  
Graças dou à Lagarto pela publicação dessa obra sobre o Monsenhor Daltro. Um livro justo e, além do mais, muito bom de ler.

(Antônio Saracura, dezembro 2012, revisão em dezembro 2017)



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