quarta-feira, 11 de novembro de 2015

DESVENDANDO SOMBRAS E SONHOS, Martha Hora

DESVENDANDO SOMBRAS E SONHOS, Martha Hora, editora Perfil, 148 páginas, 2014, isbn 978-85-67215-08-2)




Conheço Martha Hora de algum tempo, declamando poemas nas sessões vespertinas da Academia Sergipana de Letras, sempre com extrema emoção. Poemas de sua autoria e de poetas consagrados. Confesso que sempre me arrebatam, e fazem com que a monotonia endêmica daquelas sessões ganhem  um tom jovial e vibrante para mim.  Do mesmo jeito que as sessões da academia, “O Escritor na Livraria”, das últimas quintas-feiras do mês na livraria Escariz do shopping Jardins, sem as declamações de Martha Hora, fica enfadonho, deixa-me a sensação de que não se completou.
Martha Hora é uma  declamadora de raro talento.
Os poemas de sua lavra me fazem muito bem, tenho-os como diletos amigos.  Tanto em “Amor Infinito “ (2006) como em “Buscas e Encontros” (2011), livros anteriores publicados, sobre os quais já escrevi  em outros tempos, como neste recém editado, “Desvendando Sombras e Sonhos” (2015), prevalecem o amor, a saudade, a solidão, as lembranças, a crítica social, as esperanças.
Uma escrita sem rococós, um pensamento puro, cristalino; não há enigmas, nem pretensão de impressionar ninguém. Ela narra casos, ela constata dramas, ela sofre com os desvalidos da vida. E, com as mãos longas de seus versos ou de sua prosa, clama por justiça, pela solução dos problemas dos semelhantes. Até tenta resolvê-los por conta própria.  E sofre quando percebe que seu canto soou em vão. Cria sonhos, persegue sonhos (eu necessito sonhar para ser criativa, confessa).   

Almir do Picolé, um Neto qualquer, um beco chamado Maria da Paz, Lili, Jácome Goes (o iluminado), Mariana, Kaká, Chica feirante, Zé da Cana,  Miriam mata Homem, Diplomata, João, Aurora, Carmem, Santo Doutor, Valtinho dos retratos, Tô te ajeitando, Peter Pan, Magnólia, e muitos outros personagens desfilam pelas páginas do livro de Martha dando as sombras desvendadas um quê de intimidade familiar.
A renda proveniente da comercialização de seus livros é destinada à instituições de caridade. 

(Facebook em nov/2015)




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