CINCO PEQUENOS LIVROS: Meu cobertor de Lã, O Homem meu pai,
Memórias em retalhos, Meu nome e Marleide, Procurando o Pequeno PrÍncipe.
Eu gosto de livros simples. Sem enigmas, sem artefatos
literários difíceis de penetrar. Gosto de livros onde os autores contam apenas
o que sabem, narram aventuras que viveram, descrevem seus rincões. Sem
interpretações tendenciosas, sem ensinamentos forçados, sem lições de moral.
Entrego-me a esses livros de corpo e alma. Choro, vibro, comemoro, rio. E nem
ligo para as pequenas falhas técnicas na escrita, na impressão, em qualquer
lugar. Relevo.
E, ao final da leitura, quedo-me gratificado por ter tido a
chance de conhecer uma alma sem subterfúgios, ter assistido a um drama real,
bebido a água límpida da natureza sem a química acadêmica.
Antes que alguém me interprete erroneamente, gosto também de
textos elaborados, ricos de imagens, quando sinto que o autor o teceu desse
jeito para melhor comunicar, nunca para impressionar. Admiro os autores que se
esforçaram para fazê-los tão lindos, que lapidaram o diamante com tal empenho.
Mas voltando aos primeiros livros, os simples.
Falarei rapidamente de alguns (há dezenas), de autoria de sergipanos, que
li recentemente (ou a algum tempo) e que são joias preciosas, para quem gosta da
fruta:
Meu Cobertor de Lã, editado em 1985, de autoria de Benjamim Fernandes Fontes. Conta a infância e a juventude do eminente boquinense e homem público que ocupou cargos importantes no Estado. Nas suas páginas, aprendemos muito da vida de Sergipe, dos engenhos de Boquim e arredores, a faina diária do campo. O livro extrapola as memórias, sendo um documento de uma época, uma fonte de pesquisa, vez que se envolve em nossa história oficial. Figuras ilustres da época interagem com o autor, que era ilustre também.
O Homem, meu Pai, (Veja a resenha neste blog).
Meu Nome é Marleide Monteiro, 2010, de autoria de
Marleide Monteiro. O Brasil inteiro a viu no programa de Jô Soares. Os grandes
jornais publicaram páginas, na sequência, sobre essa mulher especial. Eu fui a
Itabaiana, ao Clube dos Diretores Lojistas, para conhecer a ceboleira de fibra
(como quase todos os ceboleiros). Ela soube sempre vender o seu peixe. Hoje é
uma empresária de sucesso em São Paulo e suas lojas de chá e bolos têm lugar
reservado em qualquer shopping Center do País. Impossível não se emocionar com
a leitura deste pequeno livro que narra uma grande história. Impossível não se
apaixonar mais ainda por Itabaiana.
Procurando o Pequeno Príncipe (Veja a resenha neste blog),
(Antônio FJ Saracura, Aracaju 04 de fevereiro de 2011, recuperada
em novembro de 2020).
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