LAGARTO EM VERSO E TROVA, Assuero
Cardoso Barbosa, Gráfica J. Andrade, 2013,Sem isbn
Há uma pequena semelhança com
“Mensagem” de Fernando Pessoa, onde é cantado Portugal e sua epopeia nos mares,
e este “Lagarto em verso e trova ” de Assuero Cardoso. Pode nem haver, mas eu
senti que houvesse, ao ler o poema “Lagarto...”
Assuero é um poeta reconhecido pela bela poesia que escreve e que as pessoas entendem e aplaudem.
Eu, de minha parte, estou
satisfeito em ter Assuero como poeta de minha terra. E nem me incomodam paralelos
com outros poetas, como Fernando Pessoa, por exemplo. Os poemas de Assuero cantam
a epopeia de seu povo lagartense, desde a aldeia do Santo Antônio. E eu sou
meio lagartense, pois minha esposa é de lá. E mesmo que não fosse, poesia não
se guarda fechada, não tem pátria, é universal.
O autor diz, no prefácio, que o livro
foi composto para crianças (para a escola). Para lhes ensinar a se orgulharem
de sua terra, digo eu. Mas pode servir para adultos (volta a dizer o autor),
porque contem pedaços de nostalgia de um Lagarto que já não existe mais, que
sobrevive na lembrança de uns poucos.
E os poemas vão discorrendo suaves,
sonoros, bons de se ler e de ouvir.
Falam de geografia, falam de
origem. Falam de jeito de ser, do folclore cultivado (como é rico o folclore de
Lagarto!), das artes plásticas, da literatura (Silvio Romero, Laudelino Freire,
Anibal Freire... e os vivos tão brilhantes quanto), da música (quem não vibrou
com os trompetes de Los Guaranís?), das comidas típicas (a culinária indígena
intacta e prestigiada, haja vista a maniçoba), de muito, muito mais.
E o livro termina com uma
estrofe, que preciso divulgar aqui:
“Somos tantos e tantas outras coisas
A mais do que se pensa ou se escreve,
Somos um passado no pêndulo do esquecimento,
Somos um povo duro e leve,
De memória longa e breve,
Buscando a paz e a poesia sobre o tempo”.
(Por Antônio Fj Saracura, Aracaju 13 de julho
de 2014, recuperada em novembro de 2020)
Gratidão pela bela postagem. Um grande abraço, e viva o artista sergipano!!!
ResponderExcluirObrigado, G. T. Pouca gente diz algo. Que Deus a abençoe
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