DE PAI PARA FILHO, Josileno de
Jesus Franco, edição particular, brochura, sem isbn, 32 páginas, poesia.
Além de Koka (Josélio de Jesus
Franco) este outro filho do poeta João Sapateiro, Josileno, também escreve
poemas. Herança recebida e que nunca se gasta.
Comprei o livrinho em uma simpática
lojinha instalada na Rodoviária de Laranjeiras, onde deixei (aproveitando a
oportunidade) meus livros publicados, para arriscar vender. Assim, “Os Tabaréus
do Sítio Saracura”, “Meninos Que não Queriam ser Padres”, “Minha Querida
Aracaju Aflita” e “Tambores da Terra Vermelha” avançam inexoráveis em busca de
leitor.
Vivo espalhando sementes na
esperança de uma ou outra vingar.
A Rodoviária parecia um pequeno shopping. O prefeito do momento fizera uma boa reforma. Jovens da cidade cuidavam, além da simpática livrara que visitei, de lojas de souvenirs, de joias, de roupa jovem, de venda de passagens, de comidinhas típicas do lugar...
Turistas saiam com sacolas na mão e com sorrisos nos lábios.
xxx
Os poemas de Josileno (também
chamado Kollmeia) são puros, gostosos de ler. Destaque para os que tratam da
família (irmãos, tios, pais, avós de lugares). Também para os que revelam espírito
de união e respeito ao seu povo e a saudade dos tempos que se foram.
“Não se brinca mais de roda
A internet agora é moda
Cadê o velho pião? (...)”
(Aracaju,16 de janeiro de 2014,
Antônio FJ Saracura)
Ps: Por volta de 2016, já não havia a simpática livraria na Rodoviária de Laranjeiras. Nem as outras lojinhas que me encheram os olhos. Apenas salas vazias com portas quebradas.
Onde estarão meus livros agora?
Jóias e livros precisam ser bem guardados, com grades de ferro e cadeados blindados. Na calada da noite, os ladrões passam cobiçando. Quebram as portas frágeis e levam tudo. Ainda bem que livros têm destino inexorável.
Só se prestam para serem lidos. Minhas sementes estão brotando por aí certamente.
E me comprazo muito com isso.
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