segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O MATUTO EMPREENDEDOR, Maciel Teixeira Lima

 

O MATUTO EMPREENDEDOR, Maciel Teixeira Lima, 2009, Gráfica J. Andrade, Aracaju/Se.

 

Fui hoje à livraria e, olhando os livros na prateleira reservada aos autores sergipanos, como sempre faço, vi um novo livro “O Matuto Empreendedor”. Folheei e, de sergipano, vi apenas a gráfica J Andrade que o imprimiu. Li trechos e achei um pouco parecido com o meu “Os Tabaréus do Sítio Saracura” e que narra as aventuras e desventuras de um menino que consegue sair do sítio para estudar na capital, quando isto era muito difícil.

Não sou comprador de livros no shopping, leio-os tomando emprestado em bibliotecas ou comprando-os em sebos. Depois de alguma relutância (o preço não estava caro e não identifiquei marca de patrocinadores), resolvi comprar o livro, também porque tinha um título rústico (Matuto) assim com o meu (Tabaréus).

Cheguei em casa às 2:00 da tarde e agora são 19:30. Já acabei de ler o seu livro.

Sobre minha mesa estão papeis higiênicos amarfanhados e úmidos além de uma velha camiseta, que providencialmente fui buscar em meu guarda-roupa. Chorei feito um abestado até o meio do livro, não porque contasse coisas tristes: mas coisas simples, desprovidas de engodo, coisas naturais, louçãs, parecidas demais com a vida simples e valorosa que todos nós vivemos. E contadas de um jeito que tocou fundo em mim, e acho, tocará qualquer pessoa que tenha a ventura de ler o livro.

Mas, do meio para o fim, o livro passou a ser um manual de administração, destes que até dias atrás nem se encontrava em português. Mas que nunca (os tais manuais) conseguiram transmitir tão bem e em tão poucas linhas a ciência da boa administração de negócios.

E aí eu (como ludibriado) me pergunto agora, se a primeira parte do livro (onde o autor conta sua trajetória) não foi uma sessão de relaxamento e desarmamento, para, na segunda, ensinar, transmitir teorias (geralmente maçantes) a um aluno, agora, aberto, receptivo.

Da mesma forma, continuo me perguntando se, ao invés de autor ser um empreendedor (matuto) que resolveu contar sua história, não seria um profissional (phd ou sei lá o quê) do ramo do ensino, dando uma aula antológica.

De qualquer forma, o “O Matuto Empreendedor” me agradou demais, tanto como história de vida, quanto como um curso rápido e eficaz de administração de empresas.

Antônio F J Saracura, Aracaju, 18 de dezembro de 2012, recuperada em novembro de 2020).

 

 

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