sábado, 21 de novembro de 2020

NAS FALDAS DO PARNASO, Virman

 

NAS FALDAS DO PARNASO, Virman (Antônio de Oliveira Silva),2009,Triunfo, 168p,

Isbn : Não consta

 


O autor é poeta, dramaturgo, cronista e mora em Tobias Barreto, cidade do interior sergipano. Já é um senhor maduro, nasceu em 1936.Teve um vida muito movimentada. Como eu, passou no começo, pelo Seminário Sagrado Coração de Jesus e escreveu uma crônica emocionante sobre o meu livro “Meninos que Não Queriam ser Padres”.

 Dele, eu leio as crônicas publicadas mensalmente na revista Perfil e li “Ajutoro”, uma peça teatral escrita em tabaronês (o dialeto dos tabaréus nordestinos) da qual gostei muito. Poderia ser traduzida para outras línguas, especialmente para o português e, assim, atingir muito mais público.

 “Nas Faldas do Parnaso” contem poemas rimados e metrificados na sua maioria. Poemas singelos comemorando datas, homenageando pessoas, descrevendo situações, ensinando, dando alertas. Poemas que soam bem aos ouvidos e que transmitem mensagens sem complicar.

 E poesia boa para mim tem que ser clara. Abomino enigmas, palavras inventadas, frases truncadas, palavras estranhas num verso que não (a meu ver) cabia. Tem que ter música isto é, soar bem ao ouvido. Tem que ter cheiro, isto é, transmitir o aroma da flor, o cheiro do suor, flagrância das ideias. Tem que ter cor e assim equipara-se a uma aquarela que, em se olhando, ver-se a natureza inteira resumida e fluindo.

 Sobre livro de poesias eu reluto em emitir julgamento. Raramente digo abertamente o que senti ao ler os poemas deste ou daquele autor. E se o faço, especialmente quando não elogio, passo semanas me martirizando, achando que talvez tenha cometido injustiça.

 Sobre “Nas Faldas do Parnaso” não vou fugir de meu proceder. Mas digo que gostei de ler os poemas de Virmam.

 (Antônio Saracura, Aracaju 12 de novembro de 2011, recuperada em novembro de 2020)

 

 

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